O livro, em suma, é um caderno diário com um pouco de tudo e um tanto de nada. Um diário de bolso à solta e sempre disponível a captar mais um pouco do nada que nos preenche, numa perspectiva fiel e anónima sobre a vida. Um bloco de apontamentos sempre pronto a ver espelhado pensamento livre e a levantar dúvidas circunstanciais sobre nós, os outros e ele próprio.
É um documento apartidariamente político e socialmente intencional. Um estranho retrato do dia-a-dia; no mundo, no nosso país, na nossa terra, na nossa casa e com a nossa consciência. Num tudo a nu comprometedor, mas assumido.
“Inconfidências e …”, não é um livro normal nem tão pouco será só mais um livro.
Como anexo; apeteceu-me dar, digamos que um lamiré do muito que consta nesta obra. Digamos que uma volta, só para abrir o apetite…
Aí vai:
- Sobre a sua continuada e persistente inocência:
INOCÊNCIA
Em pequenino, não percebia tanta coisa e então perguntava.
Como crescido, há coisas que continuo a não entender, mas que aprendi a não perguntar.
- Sobre a existência ou não de um mundo perfeito:
De facto, não existem mundos perfeitos, mas muito menos se não incluirmos em todas as contas, todos os outros. E mais, se não dermos o melhor de nós próprios aos outros.
Sem dúvida, que conseguiremos ter um mundo melhor, quantos mais de nós, sentirmos e colaborarmos neste desiderato. Porventura, se todos estivéssemos “convertidos” ao bem, à ajuda, solidariedade e melhor contributo; aí sim… quando o Homem não for tão egoísta e tão imperfeito.
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