O SOL PERGUNTOU À LUA
O sol perguntou à lua, porque é que ela não se ia deitar mais cedo. E a lua respondeu ao sol que não tinha sono: “É a minha vida” – acrescentou.
- Também quem é que fazia o meu trabalho!?
- Eu não – avançou o sol – que já faço bem a minha parte e é que os outros do outro lado, também não passam sem a minha presença.
- É bem verdade – continuou a lua - tu de um lado e eu do outro; lá temos que olhar por todo o mundo. Por toda esta gente. Aliás, sempre o fizemos e sempre o teremos que fazer.
- Sim, sempre cuidámos de todos eles e eles sempre a barafustar e a queixarem-se, como se eu pudesse estar em todo o lado ao mesmo tempo e como se tivesse um botão que regulasse tudo como muito bem eles querem, sempre quiseram e sempre hão-de querer.
- É, são quase todos uns mal-agradecidos e estão cada vez pior.
Melhor do que ninguém, o sol e a lua sabem da nossa história e vêem o que cá vai e do que sempre se cá passou.
E estão preocupados demais e… por nós! E… pelos nossos! E temem sobretudo pela continuação vertiginosa das nossas asneiras. Sim, temem sobretudo pelo futuro da vida no planeta, pela qual eles todos os dias – e desde sempre – trabalham tão bem, sem falhas e com toda a compreensão.