23 Maio de 2006
ECONOMIA TRIPARTIDA
Neste momento no nosso país existem ou subsistem três tipos de economia: a verdadeira, a paralela e a falsa; ou a real, a virtual e a fictícia; ou a do livro de recibos, do livro azul e a do livro dos calotes.
De facto, há o dinheiro declarado, o que se consegue fugir aos impostos e aquele que nos ficam a dever (que na realidade, não existe). Um pouco com a corda ao pescoço e com uns balões de oxigénio de vez a quando, qual doente asmático, mais crónico e moribundo de todo – em estado calamitoso.
Mas assim, não há retoma que nos chegue, porque uma coisa são as contas saldadas e outra é a economia, das contas por saldar e que têm feito avançar tanta obra e transacção; mas que na realidade deixam sempre gente demais “a arder” e a penar. E está criada a ilusão de que as coisas vão muito melhor do que na realidade são. É, na verdade a realidade é muito mais amarga do que os números contam e tantos especialistas apregoam. Ainda não vimos estatísticas das contas que se devem e até de todos os créditos mal-parados, do tempo que se demora a pagar e daqueles que nunca mais lhe põem a vista em cima. E anda o povo descapitalizado, desconfiado e a sobreviver, repartido por entre estas três economias.