DISTANCIAMENTO
Que distância terrível se acentua, conforme a aproximação é perigosamente mais efectiva, entre a cultura dominante ocidental e o fanatismo religioso islâmico.
É, quanto mais em contacto estão, maiores se vêm as distâncias que os separam. Distância de séculos; uns parecem que já vão em pleno séc. XXI... adiantado e outros, em plena Idade Média... atrasada! Distância abismal de percepções, interesses, interpretações, modos, razões, filosofias, ...
Hoje, essa coabitação está cada vez mais difícil e até utópica. Parece de facto, que vivem no mesmo local, mas separados por séculos de distância. Uma distância abissal. E depois, não são de admirar todos os constantes desentendimentos e incompreensões mútuas – é que afinal, eles vivem tão desfasados no tempo e da realidade sentida!
Mas, como a realidade vivenciada não é essa e toda a coabitação é sempre possível e desejável; há que acreditar e há que medir distâncias e encurtá-las. E essas distâncias e toda a amálgama de mal-entendidos, só podem vir a ser esbatidos, pela própria força que uns não pretendem mexer e os outros justificam e reforçam. Todos, nas suas. Pois, a séculos de distância. Todos, com as suas diferenças e diferentes actuações.
Só a partir da religião, é que se poderá fazer esta necessária aproximação. E em paz. O que ainda é intocável para muitos, será sem dúvida a pedra de toque que tem faltado, para a solução mais inteligente e que possa ser inteligível, a séculos de distanciamento; para uma guerra que pode matar este nosso querido mundo.
É mais do que nunca e nunca como agora, a salvação está nas religiões e nas nossas mãos, palavras e actos.
Nunca por nunca, a via da incompreensão e da violência poderão vencer. Violência gera sempre mais violência e as distâncias só aumentarão, apesar de vizinhos e contemporâneos.